O TDPM, Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, é um conjunto de sintomas desconfortáveis que afeta muitas mulheres antes do ciclo menstrual. É parecido com a famosa TPM, só que acontece de forma mais grave.
Irritabilidade, alteração do apetite, tristeza, dores musculares, são alguns dos sintomas comuns. Porém, se estiverem atrapalhando suas atividades diárias, pode ser que você sofra deste transtorno e não esteja sabendo.
Para te ajudar, preparamos um Guia completo, onde você irá entender o que é, como identificar, quais os principais sintomas, além de estratégias eficazes para aliviar esse desconforto e viver melhor. Leia agora e pare de sofrer!
O que é TDPM feminina?
Também conhecido como Transtorno Disfórico Menstrual (TDM), é uma condição médica caracterizada por sintomas emocionais, comportamentais e físicos intensos que ocorrem durante a fase pré-menstrual.
Os sintomas geralmente começam a aparecer na semana antes do início do período menstrual e diminuem significativamente após o início da menstruação e são mais intensos do que os experimentados comumente na síndrome pré-menstrual.
A causa exata não é conhecida, mas acredita-se que esteja relacionada a flutuações hormonais durante o ciclo menstrual, bem como a fatores genéticos e desequilíbrios químicos no cérebro.
O que acontece na TDPM?
O corpo passa por uma série de alterações hormonais que podem desencadear uma variedade de sintomas.
Durante o ciclo menstrual, os níveis de estrogênio e progesterona sofrem mudanças, afetando neurotransmissores como a serotonina. Isso pode levar a mudanças no humor, no sono, na energia e na sensibilidade.
Fatores genéticos, histórico de depressão e sensibilidade individual também podem contribuir. Além disso, há uma resposta inflamatória do organismo que influencia diretamente nos sintomas físicos.
Compreender essas causas é fundamental para adotar estratégias adequadas de controle.
Qual é a diferença entre TPM e TDPM?
É comum confundir os dois, mas há diferenças significativas entre eles.
- TPM é uma condição mais leve e com sintomas menos intensos;
- TDPM é caracterizada por sintomas mais graves e impacto significativo na vida da mulher.
É importante distinguir entre os dois para obter o tratamento adequado.
TDPM dura quantos dias?
A duração pode variar de mulher para mulher.
Em geral, os sintomas começam a aparecer uma semana ou duas antes do período menstrual e desaparecem logo após o início da menstruação.
No entanto, cada caso é único, e algumas mulheres podem ter períodos prolongados desse desconforto. Portanto, é importante observar o padrão do que acontece no seu corpo especificamente.
Como identificar TDPM?
Para identificar esse transtorno, você precisa estar atenta aos sintomas e ao padrão de ocorrência.
Manter um diário durante os ciclos pode ser útil para rastrear seu aparecimento e duração.
Caso os sintomas se repitam regularmente antes da menstruação, é provável que você esteja lidando com a TDPM.
Principais sintomas
Eles podem variar de mulher para mulher, mas geralmente incluem uma combinação de sintomas emocionais, comportamentais e físicos que podem ser intensos e afetar significativamente a qualidade de vida da pessoa.
Alguns dos mais comuns incluem:
- Mudanças de humor intensas: irritabilidade, raiva, ansiedade, depressão, choro frequente, sentimentos de tristeza e desesperança.
- Tensão: inquietação, sensação de nervosismo e dificuldade em relaxar.
- Sintomas físicos: fadiga, cansaço excessivo, dores de cabeça, sensibilidade mamária, dores musculares e articulares, aumento, ganho de peso, distúrbios do sono e alterações do apetite.
- Dificuldade de concentração: problemas de memória, dificuldade em se concentrar em tarefas e pensamentos confusos.
- Mudanças no apetite: aumento ou diminuição do apetite, requisitos alimentares específicos.
- Problemas de sono: insônia, dificuldade em adormecer, sono agitado ou sono excessivo.
- Diminuição do interesse por atividades habituais: perda de interesse por atividades sociais, hobbies ou prazer em geral.
- Retirada social: isolamento de uma forma geral e sensação de se sentir desconectado dos outros.
- Baixa autoestima: sentimentos de insegurança, autocrítica, culpa excessiva e falta de confiança.
- Sintomas relacionados à ansiedade: palpitações, sensação de sufocamento, tontura, sensação de desmaio, tremores ou sudorese.
Se você suspeitar que está enfrentando este problema, é importante buscar orientação médica para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento adequado.
Tratamentos Médicos Disponíveis
Em casos mais graves, o tratamento médico pode ser necessário.
O uso de medicamentos, como antidepressivos seletivos de serotonina, pode ser recomendado para ajudar a regular os níveis hormonais e controlar os sintomas.
Contraceptivos hormonais, como pílulas anticoncepcionais ou dispositivos intrauterinos liberadores de hormônios, também podem ser usados para regular os níveis hormonais e aliviar os sintomas físicos.
No entanto, é importante discutir todas as opções e possíveis efeitos colaterais com um médico especialista antes de iniciar qualquer tratamento.
Estratégias eficazes para aliviar os sintomas da TDPM
Existem várias estratégias eficazes que podem ajudar a aliviar os sintomas.
É importante lembrar que nem todas as estratégias funcionam igualmente para todas as pessoas, então pode ser necessário experimentar diferentes abordagens para encontrar as que funcionam melhor para você.
Aqui estão algumas estratégias que podem ser úteis:
Mudanças no estilo de vida:
- Exercício físico regular: exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, natação ou dança, podem ajudar a melhorar o humor, reduzir o estresse e aumentar a produção de endorfinas, substâncias químicas do cérebro associadas ao bem-estar.
Recomenda-se realizar pelo menos 30 minutos de exercício moderado a intenso na maioria dos dias da semana.
- Alimentação saudável: uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas e vitaminas saudáveis, pode ajudar a regular os níveis de energia e melhorar o humor.
Evite o consumo excessivo de cafeína, açúcar refinado e alimentos processados.
- Gerenciamento do estresse: praticar técnicas de relaxamento, como meditação, ioga, exercícios profundos ou tai chi, pode ajudar.
Encontrar tempo para atividades prazerosas, como ler, ouvir música, tomar banho relaxante ou passar tempo com entes queridos, também pode ser benéfico.
- Sono adequado: tente manter uma rotina de sono consistente, evite estimulantes antes de dormir, crie um ambiente tranquilo e confortável e estabeleça um horário regular de deitar e acordar.
Terapias complementares:
- Suplementos alimentares: alguns suplementos podem ajudar, como por exemplo, o óleo de prímula, que contém ácido gama-linolênico (GLA), pode reduzir a sensibilidade mamária e a irritabilidade.
Outros suplementos como o magnésio, a vitamina B6 e o cálcio também podem ser benéficos para alguns indivíduos. No entanto, é importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação.
- Acupuntura: é uma terapia baseada na medicina tradicional chinesa que envolve a inserção de agulhas finas em pontos específicos do corpo.
Alguns estudos sugerem que a acupuntura pode ajudar a reduzir os sintomas desse transtorno, incluindo a irritabilidade, a ansiedade e a depressão.
Como retomar o controle e viver bem
Embora este problema possa causar desconforto e impactar a qualidade de vida, é possível retomar o controle e viver bem.
Utilizar as estratégias mencionadas acima, buscar apoio emocional e explorar as diferentes abordagens terapêuticas são medidas que podem fazer a diferença.
Com paciência, autoconhecimento e determinação, é possível minimizar os sintomas e desfrutar de uma vida plena e equilibrada.
Conclusão
A TDPM é uma condição que afeta muitas mulheres, mas não precisa ser uma fonte constante de desconforto e frustração.
Ao entender os sintomas, as causas e adotar estratégias eficazes, é possível recuperar o controle sobre sua vida e desfrutar de bem-estar durante todo o ciclo menstrual.
Lembre-se de que cada mulher é única, e pode ser necessário experimentar diferentes abordagens para encontrar o que funciona melhor para você.
Porém, com o apoio adequado e as ferramentas corretas, você pode enfrentar esse transtorno de forma assertiva e retomar sua qualidade de vida.
